VIAGEM EM GRUPO | Viagem com acompanhamento por arqueólogo – André Tomé
VIAGEM EM GRUPO | Viagem com acompanhamento por arqueólogo – André Tomé
MARÇO DE 2026 – PROGRAMA BREVEMENTE DISPONÍVEL!
Entre o Atlântico e a grande imensidão do Saara estende-se a Mauritânia, um país de paisagens impressionantes e histórias secretas. Dunas intermináveis e cidades de pedra moldam um país que permanece, em muitos sentidos, por descobrir pela maior parte dos viajantes.
Foi a partir deste território que, no século XI, os Almorávidas iniciaram a sua expansão para norte, estabelecendo-se no Magrebe e, mais tarde, no sul da Península Ibérica. Ao longo de séculos, estas paisagens desertas foram atravessadas por rotas que ligavam o interior da África Ocidental ao Mediterrâneo. Circulavam mercadorias e pessoas: o ouro, o sal, os escravos, os cavalos, os tecidos e a doutrina islâmica. Este comércio sustentou o crescimento de centros urbanos como Ouadane e Chinguetti, que floresceram à margem das rotas transaarianas. Foi essa uma das razões para que no contexto da Expansão Marítima portuguesa, a Mauritânia tenha atraído o interesse dos nossos antepassados e mais tarde de outras potências europeias como a França.
Mas esta viagem não é apenas uma evocação do passado, dos segredos da sua história. É também uma fascinante experiência física e sensorial: atravessar o deserto em silêncio, provar o chá forte junto ao fogo, percorrer oásis escondidos e dormir sob um céu sem luz artificial. É ir ao encontro de um modo de vida que resiste nos mercados de Atar, nas aldeias beduínas ou na costa do Banc d’Arguin.
A Mauritânia é um país imenso, perfeito para cultivar a arte da viagem, entre a beleza espetacular do deserto e a inóspita costa Atlântica, por um passado histórico preservado em sítios classificados pela UNESCO como Património da Humanidade, e num presente que se vive entre as suas gentes, nos bairros históricos e coloridos mercados das suas cidades.
Num território ainda em parte protegido do ruído do mundo, há história e arqueologia para descobrir, há beleza de um património natural por vezes inóspito, mas exuberante. Neste gigante entre o Saara e o Atlântico a viagem tem tempo e sentido.