Ravenna: séculos de inspiração

É rica a história de Ravenna, cidade situada no norte de Itália. Foi por três vezes, ao longo da sua história, capital: do Império Romano Ocidental, do Reino Ostrogótico e, finalmente, do Império Bizantino na Europa. A magnificência deste período deixou um legado extraordinário de monumentos históricos – há oito monumentos considerados Património da Humanidade da UNESCO.

É também uma das mais relevantes cidades no que toca à arte dos mosaicos, A arte do mosaico não nasceu em Ravenna, mas em Ravenna encontrou a sua mais ampla expressão – ali nasceu a iconologia cristã, um misto de simbolismo e realismo, de influências romanas e bizantinas. Mas há muito mais do que belos mosaicos: em Ravenna podemos passear por entre campanários e claustros monásticos, arte Romanesca, Gótica e Barroca.

Ali, segundo rezam as crónicas, terá sido o último refúgio de Dante Alighieri, e o palco de aventuras amorosas de Lord Byron, que ali viveu entre 1819 e 1821. Quem passa por Ravenna, não o faz sem se apaixonar. Hoje, como outrora, que o digam o poeta Boccaccio, que ali escreveu uma das suas mais belas obras, ou o pintor austríaco Gustav Klimt que bebeu inspiração da arte local. Também Herman Hesse, escritor e pintor alemão, que dedicou alguns versos à cidade, depois de a visitar.

Em suma, Ravenna encerra em si diferentes mundos. É Romana, Gótica, Bizantina e também medieval. Simultaneamente é, também, uma cidade moderna e hospitaleira, com uma vibrante agenda cultural e um futuro promissor.

Sabia que?

  • Todos os anos, a cidade recebe o Festival de Ravenna – um dos mais relevantes da música clássica em Itália;
  • A cidade é mencionada no Canto V da obra Inferno de Dante;
  • Oscar Wilde escreveu um poema intitulado Ravenna em 1878;
  • J.R.R. Tolkien, terá sido inspirado por Ravenna para criar a cidade de Minas Tirith, na obra Senhor dos Anéis.

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