André Tomé (n. 1987) é arqueólogo, co-Diretor de um projecto arqueológico no Iraque, no sítio de Kani Shaie onde os montes Zagros se anunciam e onde Noé terá, segundo os locais, um dia atracado sua arca. Até ao “barco” que o fez chegar ao Curdistão Iraquiano, desenvolveu investigações em África e na Síria.

Encontra-se a terminar a sua tese de Doutoramento sobre o período Helenístico nesse país onde trabalhou antes do início da guerra em 2011. Foi docente a tempo parcial de várias disciplinas de arqueologia (eg. Arqueologia Africana, Origens das Sociedades Complexas) na Universidade de Coimbra.

Vai navegando entre as cidades antigas e modernas, e o mundo rural. No Alentejo assumiu a coordenação de vários projetos de preservação do património imaterial, das histórias que as gentes de sabedoria ainda contam. Vê na paisagem antiga e nos espaços urbanos, terrenos fértil para mergulhar na história do humanidade, de certo ecoando um pequeno dito de Italo Calvino que via nas cidades um símbolo complexo, capaz de “exprimir a tensão a racionalidade geométrica e o emaranhado das existências humanas”.

É autor de várias publicações científicas e de três livros de poesia, o último com o título Tabernáculo (2021, ed. Artefacto).